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INF. TÉCNICAS
INF. TÉCNICAS

 

http://www.diadecampo.com.br

NUTRIÇÃO FOLIAR COM ARNOLDO JUNQUEIRA Dr. EM FITOTECNIA.

 

                       Ácaro Vermelho

O ácaro não é vilão apenas das alergias respiratórias em períodos de tempo seco e inverno. É também um problema quando ataca os cafezais. Existem três espécies: o ácaro-vermelho – Oligonychus ilicis (McGregor); o ácaro-plano – Brevipalpus phoenicis (Geijskes), vetor da mancha-anular e o ácaro-branco – Polyphagotarsonemus latus. O ácaro vermelho é mais constante em plantações de café, mas existem registros da presença do branco em algumas lavouras brasileiras. Ele se alimenta das folhas retirando seu brilho natural, deixando um aspecto bronzeado. Depois da ação desta praga, o processo de fotossíntese é comprometido causando desfolha na planta.

Mesmo sendo pequenos, os ácaros podem ser vistos a olho nu. As fêmeas apresentam 0,5 milímetros de comprimento e chega a depositar de 10 a 15 ovos por vez. De acordo com o site CaféPoint, o ácaro vermelho é um pequeno aracnídeo (semelhante a uma aranha) e seu ciclo dura entre 11 e 17 dias (desde o ovo até sua fase adulta).

Se você está curioso em saber mais sobre esta praga, recomendo o artigo escrito pelo pesquisador Antonio Fernando de Souza. E se quiser ver o bichinho trabalhando para destruir uma folha da planta de café, achei um vídeo que o mostra em ação.

 

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 www.basf.com.br   www.bayer.com.br     www.incaper.es.gov.br  www.cafepoint.com.br  www.iema.es.gov.br   www.idaf.es.gov.br    www.epamig.br  www.ufv.br .portaldoagronegocio.com.br    www.biologico.sp.gov.br    www.agricultura.gov.brwww.syngenta.com www.heringer.com.br www.monsanto.com.br  www.manah.com.br www.yarabrasil.com.br  www.produquimica.com.br

 

TIM 

 Bicho Mineiro

 

Depois de comentar sobre a Broca do Café, que é a praga que mais traz danos à produção do Brasil, vou falar agora sobre o Bicho Mineiro (Leucoptera Coffeella) que é talvez a praga mais disseminada pelos cafeeiros do mundo, afetando principalmente as lavouras de outros países das Américas e da África.

 

No Brasil, esta praga surgiu de forma alarmante por volta de 1869, na província do Rio de Janeiro, então o nosso maior centro produtor de café, e se espalhou rapidamente de para outras regiões do país.

 

O Bicho Mineiro é a lagarta de pequenas mariposas que medem de 5 a 6 mm de ponta a ponta das asas, e não passam de 2mm de comprimento total do corpo. A fêmea adulta deposita seus ovos na face superior das folhas do café, que é a única fonte de alimento das lagartas. Quando nascem, passam diretamente do ovo para o interior das folhas, de onde se alimentam da ‘carne’– o tecido existente entre as duas faces (epidermes) – da folha.

O apetite voraz das lagartas vai deixando um espaço oco dentro da folha, formando pequenas câmaras, um tanto salientes e quebradiças. Por fora, o local por onde passa vai secando e adquirindo uma cor de ferrugem que se cedem ao apertar. É por isso que ganhou o nome de Bicho Mineiro – as lagartas ‘minam’ as folhas do cafeeiro.

 

Uma vez desenvolvida, a lagarta faz um furinho na face inferior da folha, sai e tece seu casulo sustentado por uma pequena teia, onde vai permanecer até que atinja a fase adulta de mariposa. O ciclo recomeça quando ela se liberta do casulo e, fecundada, deposita seus ovos em outra folha.

 

A principal conseqüência para a lavoura é que as plantas perdem áreas consideráveis de suas folhas, tornando-as mais fracas e comprometendo a próxima safra. Estudos realizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo indicaram uma redução de 37%, 53% e até 80% da capacidade produtiva do cafeeiro, respectivamente, dependendo da intensidade, duração do ataque e a época de sua ocorrência.

                       REGULAGEM E CALIBRAÇÃO  www.comam.com.br http://www.ufrrj.br/

 

tim Broca do Café

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 Vamos começar mais uma série de textos e nosso assunto será sobre as principais pragas que atacam o café. E nada mais adequado do que iniciar falando sobre a Broca do Café (Hypothenemus Hampei), que é uma das pragas que mais causa prejuízo à lavoura cafeeira e ataca exclusivamente essa cultura.

 A Broca do Café é, na verdade, um pequeno besouro adulto de coloração escura. Para se ter ideia do tamanho reduzido, a fêmea atinge aproximadamente 1,65mm de comprimento por 0,73mm de altura. A proporção você vê na imagem abaixo.

 Ela foi identificada pela primeira vez em São Paulo, no ano de 1924. Seu impacto foi tão devastador que 3 anos depois foi criado até um centro de pesquisas para estudar a praga – o Instituto Biológico, na cidade de São Paulo – hoje destinado à pesquisa tecnológica de agricultura em geral.

A praga se espalha através da fêmea adulta fecundada, que para abrigar seus ovos, faz uma galeria através da polpa e alcança o interior de uma das sementes onde os deposita em pequenas câmaras. Uma vez eclodidos os ovos, novas fêmeas nascem e, ao se alimentarem, destroem parcial ou totalmente os grãos de café.

 Uma vez adultas e fecundadas, as fêmeas abandonam a câmara onde se criaram e vão procurar frutos sãos. O ciclo, então, recomeça. Cada uma das fêmeas coloca de 31 a 119 ovos durante sua vida, que dura até 157 dias, em média. Ou seja, uma fêmea pode produzir prole durante os 5 ou 6 meses de uma safra, sendo prejudicial a todas as fases do fruto.

 Os principais danos à produção é a perda sensível de peso de cada grão, além de comprometer seu aspecto e sabor. Em casos de grande infestação, o peso perdido chega a ser mais do que 20%, o que numa saca de 60kg, representa 12kg! Os grãos brocados também são considerados defeitos e por isso são inferiorizados na classificação do tipo de café, que é determinado pelo número de defeitos existentes em amostras

 

                 timNematóides

Este verme de nome estranho ataca as raízes do cafeeiro e pode ser considerado um inimigo invisível por ser microscópico e viver embaixo da terra. Existem cerca de oitenta espécies diferentes de nematóides, mas a Meloydogyne exígua é mais recorrente nas plantações de café.

Um dos sintomas característicos deste tipo de nematóide é a presença de galhas nas raízes, como pode ser observado na foto ao lado. Se esta praga não for controlada rapidamente, ela pode provocar a redução e deformação do sistema radicular, decréscimo da eficiência das raízes em absorver e transportar água e nutrientes, menor crescimento da parte aérea, desfolhamento, menor produção, podendo culminar na morte das plantas.

Considerando que esses são vermes têm proporções microscópicas, erradicá-los de uma plantação é praticamente impossível. Portanto, alguns cuidados são primordiais para evitar que ele se espalhe e infeste áreas saudáveis, por exemplo:

1 – É recomendável que ferramentas e máquinas agrícolas utilizadas em solo infestado não tenham contato com a área intacta.
2 – Os materiais de propagação de plantas (mudas, estacas, tubérculos, bulbos, rizomas e sementes) não podem apresentar nematóides. Por isso, um cuidado especial deve ser aplicado às mudas cultivadas em viveiros.
3 – Evitar que áreas intactas sejam infectadas por meio de enxurradas e inundação.
4 – A água de irrigação deve vir de um poço artesiano ou mina e contar com um sistema de encanamento adequado.

Estes são pequenos cuidados necessários caso a plantação seja infestada por nematóides, mas o agricultor deve atentar-se para outras medidas. Caso o cafezal seja vítima desta ou qualquer tipo de praga, um engenheiro agrônomo deve ser consultado para analisar o problema e buscar soluções adequadas.

Para encerrar a série especial sobre as pragas do cafeeiro, gostaria de indicar o livro Pragas do Cafeeiro – Reconhecimento e Controle. Ele trata em detalhes sobre outros tipos de pragas e orienta sobre possíveis soluções e identificação de sintomas.

        timCigarra

Esta é uma outra praga que tira o sono dos cafeicultures durante o verão. Existem diversos tipos de cigarras que atacam as plantações de café, mas as mais comuns são do gênero Quesada (Quesada gigas), Carineta e Fidicina. Estes insetos, tão conhecidos pelo seu canto, sugam a seiva das plantas, enfraquecendo e comprometendo a qualidade do grão.

 

A cigarra, em sua fase ninfa, fica no solo ou até embaixo da terra para se alimentar das raízes dos cafezais. Ela pode passar despercebida e ficar entre 3 a 4 anos sugando o cafeeiro. A sucção contínua da seiva causa o depauperamento das plantas. É normal achar cigarra nas raízes mais grossas e também na raiz principal, onde são encontradas até a profundidade de 1 metro. Normalmente, a maior concentração das ninfas fica nos primeiros 35cm de profundidade, numa circunferência de 25cm a partir da raiz principal. Depois desta fase, ela cava galerias na terra e passa para a parte aérea da planta para viver sua fase adulta.

Os sintomas desta praga são sempre mais acentuados nas épocas de déficit hídrico. As conseqüências do ataque resultam em quebra de produção, fraqueza na parte aérea com amarelecimento e deficiências nutricionais nas folhas. Se ela não for controlada a tempo, ramos secos e mesmo perda total de lavouras podem acontecer. As árvores em geral são os alimentos preferidos das cigarras, por isso, cafezais localizados perto de áreas desmatadas são alvos fáceis.

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Os defeitos do café e suas classificações

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20/10 por Patrícia Nasser

 É comum que os iniciantes na arte da cafeicultura fiquem confusos entre os termos utilizados por especialistas. O que é um grão brocado? Café concha ou verde? Palavras como estas são comuns e importantes para entender o sistema de classificação dos defeitos do café. Preparei um guia rápido e prático para qualquer pessoa compreender o sistema de classificação de defeitos dos grãos.

 Classificação por Tipos de Defeitos
A classificação por tipos consiste em categorizar o café de acordo com o número de grãos defeituosos e imperfeitos. Esta amostragem é feita numa certa quantidade de café beneficiado (amostras de 300gr). Os defeitos podem ser:

1 – De natureza intrínseca (grãos imperfeitos) – são grãos avariados pela imperfeita aplicação de processos agrícolas, de secagem e beneficiamento (pretos, ardidos, verdes, mal granados, quebrados, brocados etc)

2 – De natureza extrínseca (impurezas) – compreende em elementos estranhos ao café beneficiado (casca, paus, pedras etc.).

Classificação por Origens dos Defeitos
Defeitos originados da própria cultura
CHOCHOS: adubação mal feita, pouca irrigação e fatores genéticos ou fisiológicos;
GRANADOS: Provenientes de café cabeça (Fatores fisiológicos);
CONCHAS: Provenientes de café cabeça (Fatores fisiológicos);
BROCADOS: Provenientes do ataque de pragas (Broca do café).

Defeitos originários da colheita
PRETOS: Colheita atrasada, fermentações prolongadas, dos frutos em contato com o chão;
VERDES: Colheita prematura, frutos verdes;
ARDIDOS: Colheita atrasada, fermentações prolongadas no chão ou no terreiro (ardidos de terreiro) e frutos verdes.
PAUS, PEDRAS, TORRÕES E CASCAS: Derriça no chão e abanação mal feita.

Defeitos originários do beneficiamento
QUEBRADO: Seca inadequada e descascador mal regulado;
COCO: descascador mal regulado
MARINHEIRO: Descascador mal regulado;
CASCAS: Ventiladores mal regulados;
PAUS, PEDRAS E TORRÕES: Bica de jogo, catador de pedras e torrões mal regulados.

 

FENOLOGIA DO CAFEEIRO

      A fenologia pode ser definida como o estudo dos eventos periódicos da vida da planta em função da sua reação às condições do ambiente. Na cultura do cafeeiro arábica, nas condições de cultivo da maioria das regiões do Brasil, podem ser distinguidas as fases preparativa e construtiva durante seu ciclo fenológico. No período seco, associado a baixas temperaturas, ocorre a fase preparativa, que não se manifesta claramente por caracteres externos. Durante o período quente e chuvoso predomina a fase construtiva, onde se manifestam as atividades de crescimento dos ramos, folhas, gemas, flores e frutos. Durante a fase construtiva existe uma competição entre o crescimento vegetativo e o processo de frutificação, evidenciada pelos anos alternados de grandes e pequenas produções.
      A ordenação das fases fenológicas possibilita determinar as relações e o grau de influência dos fatores envolvidos. Nesse sentido, Camargo & Camargo (2001) descreveram a sucessão das fases vegetativas e reprodutivas dos cafeeiros da espécie Coffea arabica L., nas condições climáticas tropicais do Brasil, (Figura abaixo), que ocorrem em aproximadamente dois anos, diferentemente da maioria das plantas que emitem as inflorescências na primavera e frutificam no mesmo ano fenológico. O ciclo fenológico, para as condições climáticas tropicais do Brasil, foi subdividido em seis fases distintas: (1) vegetação e formação das gemas foliares; (2) indução e maturação das gemas florais; (3) florada; (4) granação dos frutos; (5) maturação dos frutos e (6) repouso e senescência dos ramos terceários e quaternários.

 

Esquematização das seis fases fenológicas do cafeeiro arábica, durante 24 meses, nas condições climáticas tropicais do Brasil. (extraído de Camargo & Camargo, 2001)

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     No primeiro ano fenológico são formados os ramos vegetativos, com gemas axilares nos nós, que depois são induzidas a se transformarem em gemas reprodutivas, sendo esse processo determinado por condições ambientais como redução do fotoperíodo. Posteriormente essas gemas florais amadurecem, entram em dormência e se tornam aptas para a antese, que ocorre, causada principalmente por chuva ou irrigação abundante.O segundo ano fenológico inicia-se com a florada, seguida pela formação dos chumbinhos e expansão dos grãos, até seu tamanho normal. Havendo estiagem forte nessa fase, o estresse hídrico prejudicará o crescimento dos frutos, resultando em peneira baixa. Após essa fase, segue-se a granação dos frutos, em pleno verão, de janeiro a março. Estiagens severas na fase de granação poderão resultar no aparecimento de frutos chochos. A produção é finalizada com a maturação dos frutos, que ocorre a partir de abril, para as condições de cultivo do planalto paulista, onde deficiências hídricas moderadas poderão beneficiar a qualidade da bebida.
     Visando detalhar o período reprodutivo do cafeeiro, Pezzopane et al. (2003) apresentam uma escala de avaliação de estádios fenológicos, desde a fase de gema dormente até o estádio de grão seco.
     Após o período de repouso das gemas dormentes nos nós dos ramos plagiotrópicos (0) ocorre aumento substancial do potencial hídrico nas gemas florais maduras, devido, principalmente, à ocorrência de um “choque” hídrico provocado por chuva ou irrigação. Nesse estádio, as gemas entumecem (1) e os botões florais crescem devido a grande mobilização de água e nutrientes (2), que se estendem até a abertura das flores (3), e posterior queda das pétalas (4).
     Após a fecundação, principia a formação dos frutos, fase denominada “chumbinho” (5%@ýïð8@´ófrutos não apresentam crescimento visível. Posteriormente, os frutos se expandem (6) rapidamente. Atingindo seu crescimento máximo, ocorre a formação do endosperma, que segue a fase de grão verde (7), com a granação dos frutos. Para a diferenciar o fim da fase 6 e início da 7 é necessário realizar um corte transversal em alguns frutos para se verificar o início do endurecimento do endosperma (Figura 1).
     A partir da fase “verde cana” (8) que caracteriza o início da maturação, os frutos começam a mudar de cor (verde para amarelo), evoluindo até o estádio “cereja” (9), e já se pode diferenciar a cultivar de fruto amarelo ou vermelho. A seguir, os frutos começam a secar (10) até atingir o estádio “seco” (11).

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                                                     http://agronomiacomgismonti.blogspot.com